Por: RAYANNE OLIVEIRA LEãO SANTANA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), Paulo Anderson Aranha Ferreira (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), Giovana Zagalo de França (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), vitor leão Santana (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), Alisson Clay Rios da Silva (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), Verônica Scarpini Candido (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)
Resumo:
Geopolímeros são formados por uma matriz tridimensional de aluminossilicatos, e possuem potencial para substituir o cimento Portland tradicional. O caulim duro, subproduto da indústria de papel, é rico em caulinita e pode ser transformado em metacaulim, precursor reativo na geopolimerização. Este estudo analisa a influência da temperatura de calcinação do resíduo de caulim duro na produção de cimento geopolimérico. A pesquisa utilizou metacaulim proveniente do caulim duro e escória de alto-forno, submetendo-os a calcinação a 550°C, 650°C e 750°C. Os resultados de resistência à compressão foram 20,9 MPa, 31,4 MPa e 39,8 MPa, respectivamente, mostrando que o aumento da temperatura melhora a resistência dos geopolímeros. Ensaios adicionais revelaram que a absorção de água e a porosidade diminuem, enquanto a densidade aumenta com temperaturas mais altas, indicando uma estrutura mais densa e coesa a 750°C. A análise microscópica confirmou maior eficiência de geopolimerização a 750°C, evidenciada pela ausência de fissuras, bolhas e material não reagido, resultando em uma matriz mais homogênea e densa. Assim, conclui-se que a calcinação a 750°C é a mais eficaz para otimizar as propriedades físicas e mecânicas dos geopolímeros, destacando seu potencial como substituto eficiente e durável para o cimento convencional na construção civil.