Por: felipe keven de carvalho neves (aMG - BRASIL), Rochel Monteiro Lago (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG), Carlos Valdir Gusmão (AMG - BRASIL ), Arthur de Paula Cardoso (amg-brasil), Ana Paula Carvalho Teixeira (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG), Caymon de Siqueira Assumpção (amg-brasil)
Resumo:
A busca por alternativas sustentáveis para o reaproveitamento de rejeitos provenientes do processamento mineral, levou a AMG, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a realizar estudos de identificação de rotas de destinação dos rejeitos aluminossilicosos gerados na produção atual de concentrados de espodumênio, tântalo e na futura produção de carbonato de lítio. A partir de análises de Espectroscopia de Infravermelho (FTIR), Espectrofotometria por Fluorescência de Raios-X (FRX) e Difração de Raio-X (DRX), destinou-se o rejeito da flotação de espodumênio (rejeito I) para a primeira fase do desenvolvimento do projeto. Os materiais geopoliméricos a serem produzidos, são resultantes de reações químicas entre os rejeitos aluminossilicosos, metacaulim e uma solução alcalina ativadora de silicato de sódio e hidróxido de sódio. Os testes realizados permitiram a determinação da proporção ideal dos componentes da solução ativadora do geopolímero. Para a produção dos corpos de prova foram utilizadas diferentes proporções do rejeito da flotação do espodumênio, sendo elas 50%, 60%, 65% e 70%. Afim de se realizar de forma quantitativa o desempenho dos materiais gerados, os mesmos foram analisados quanto a sua resistência utilizando como padrão de comparação o branco, sem nenhuma adição de rejeito. Foi identificado que a amostra composta com 50% de rejeito I seria a ideal e seguiu-se com testes adicionais. Para o rejeito II, proveniente do processo de produção de carbonato de lítio, foram feitas análises com diferentes composições, entretanto estas não apresentaram resistência suficientes. Para todo desenvolvimento do projeto, contou-se com a apoio do parceiro Escalab, um laboratório da UFMG, que realizou em conjunto com a equipe AMG Brasil a prova de conceito e todo o desenvolvimento do produto em bancada, além disso contribuiu para a estruturação do espaço físico de produção e do layout industrial que foi desenvolvido com base na necessidade produtiva da AMG. O projeto reitera o compromisso da AMG com a sustentabilidade.