Por: José Rômulo azeredo Gomes (Universidade estadual do norte fluminense darcy ribeiro (uenf)), Fabrício bagli siqueira (universidade cândido mendes (ucam)), lucas menezes de souza (universidade estadual do norte fluminense (uenf)), talwani nogueira mattos (universidade cândido mendes (ucam)), elaine cristina pereira (universidade estadual do norte fluminense darcy ribeiro (uenf))
Resumo:
A corrosão é amplamente definida como a deterioração de materiais, resultado de processos espontâneos que ocorrem entre o material e o meio. O fenômeno da cor-rosão é um desafio natural e inevitável. O aço carbono é amplamente utilizado devi-do às suas diversas aplicações, muitas delas baseadas em suas excelentes propri-edades mecânicas. Esse metal possui alta ductilidade (capacidade de se deformar), alta tenacidade, são usináveis, soldáveis e apresentam baixo custo de produção, porém possuem resistência à corrosão reduzida, tornando necessário o uso de pro-cessos para retardar o mecanismo corrosivo, como a utilização de inibidores. Muitos dos inibidores utilizados estão associados a alto custo, riscos ambientais e à saúde humana, por conta de sua natureza tóxica. Assim, é crescente o estudo de inibido-res de corrosão a partir de produtos naturais, os quais possuem baixo custo e não são tóxicos. Os produtos naturais têm se destacado como fontes promissoras de ini-bidores de corrosão, pois são formados através de extratos de plantas ou de materi-ais biodegradáveis, onde muitos desses extratos apresentam compostos com ação antioxidantes. Este presente trabalho teve como objetivo investigar a ação inibidora das sementes da goiaba na corrosão do aço carbono AISI/SAE 1020 em meio de HCl 1 mol L-1 em concentrações de 1 g L-¹ do pó das sementes. Foram realizados ensaios de perda de massa, tendo como metodologia a utilização de sementes de goiaba secas e trituradas (inibidor) misturadas em solução contendo uma simulação de ambiente corrosivo (Ácido Clorídrico HCl). Foram imersos os corpos de prova confeccionados em aço carbono, em solução de HCl com inibidor e sem o inibidor por um período de 21 dias em temperatura ambiente. A eficiência da semente de goiaba foi satisfatório como inibidor do tipo verde, alcançando o valor máximo de 59,11%.