Por: FERNANDA DO NASCIMENTO OLIVEIRA (universidade federal de ouro preto), THAYNARA MELO MOUSSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO), LUIZ CLAUDIO CANDIDO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO)
Resumo:
Os aços inoxidáveis ferríticos e austeníticos são suscetíveis ao fenômeno de sensitização após serem expostos a altas temperaturas, o que pode promover a corrosão intergranular. Nesse contexto, esse trabalho visou estudar os efeitos da soldagem em juntas de aços inoxidáveis soldadas pelo processo MIG (Metal Inert Gas), utilizando-se um arame de adição de eletrodo austenítico (ABNT 316LSi, %C 0,03% em massa), com atmosfera de proteção contendo Argônio de alta pureza. Verificou-se a formação de martensita na zona termicamente afetada (ZTA) do aço ABNT 430 (ferrítico), bem como crescimento de grãos significativo nessa região. Na zona fundida (ZF) os aços ABNT 430 e ABNT 304 apresentaram microestruturas duplex de austenita e ferrita. Além disso, ambos apresentaram precipitação de carbonetos de Cr de forma significativa no metal base (MB) o que pode indicar a não solubilização desses carbonetos das amostras destes aços no estado de entrega. Foram realizados ensaios de polarização potenciodinâmica nos aços ABNT 304 e ABNT 430 no estado de entrega, e ficou evidente a maior resistência à corrosão do aço inoxidável austenítico em solução aquosa contendo 3,5% em massa de NaCl. Ademais, foram realizados tratamentos térmicos para avaliar o grau de sensitização dos aços. Foi possível observar que os dois aços tratados termicamente em fornos foram suscetíveis à corrosão intergranular, e de forma mais acentuada, o aço inoxidável ferrítico. Neste trabalho foram utilizadas normas ASTM A262 e A763.