Por: LAURA SETTI DE SOUSA (IME MILITAR DE ENGENHARIA), ANDRE LEONARDI FAVALESSA (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA), BERNARDO PEREIRA PINTO DE CASTRO (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA), EDUARDO DE AMARIZ GALVAO (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA), GUILHERME GRECO DE ANDRADE (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA), JOAO PEDRO BIAZON MANETTI (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA), JOAO VITOR MODESTO PEREIRA (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA), LUIZ AUGUSTO SANTOS RIBEIRO (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA), Sergio Neves Monteiro (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA)
Resumo:
O cenário hodierno impele o interesse pelo desenvolvimento de coletes balísticos. A evolução na área resultou na produção de coletes utilizando fibras sintéticas de alto desempenho, como Kevlar® e Dyneema®. Esses materiais, entretanto, apresentam alto custo e são um desafio no âmbito ambiental. As fibras naturais, como o sisal, surgem como alternativa sustentável devido às suas características singulares. No entanto, sua intrínseca heterogeneidade impõe desafios consideráveis à confiabilidade, particularmente em aplicações balísticas. Propôs-se, portanto, a combinação de fibras sintéticas e naturais em um compósito híbrido, a fim de equilibrar elevado desempenho balístico e baixo custo. As propriedades de um compósito podem variar de acordo com a configuração das camadas de reforço, assim, o presente estudo buscou avaliar cinco diferentes sequências de empilhamento de camadas de tecido de sisal e de aramida em um compósito híbrido de matriz epóxi, através de ensaios de velocidade residual. Constatou-se que as amostras inteiramente de sisal apresentaram a maior energia absorvida específica em função da espessura (143,06 J/cm), promovendo uma economia de 93,4% em relação ao compósito fabricado apenas por aramida. Além disso, verificou-se que amostras híbridas performam melhor que as amostras inteiramente compostas por aramida, isto é, a inserção de sisal no compósito não reduz o desempenho balístico.