Por: iully da silva amaral pereira (uenf), José Alexandre Tostes Linhares Júnior (uenf), Renan Dias Couto (uenf), Larissa Mendonça Osorio Fonseca (uenf), Juliana Fadini Natalli (uenf), Afonso Rangel Garcez Azevedo (uenf), Sergio Neves Monteiro (ime)
Resumo:
A crescente demanda de insumos na construção civil e o manejo inadequado dos resíduos agroindustriais tem resultado um impacto ambiental significativo, considerando que a construção figura-se entre os setores mais poluentes do mundo, e os resíduos agrícolas afetam diretamente o ecossistema. As fibras lignocelulósicas provenientes desses resíduos, tornam-se uma alternativa para reforços em matrizes cimentícias. Entretanto, essas fibras são hidrofílicas, reduzindo a adesão entre a fibra-matriz. Para mitigar essa característica, realizaram-se tratamentos para viabilizar sua incorporação nessas matrizes. Analisaram-se fibras de açaí e coco, tratadas com ácido tânico, em argamassas de revestimento. A proporção da mistura foi: 1;1;6;1,4 (cimento; cal; areia; água), com adição de 3% de fibras em relação à massa do cimento tratadas com 5% de concentração de ácido tânico, além da argamassa de referência (0%). Avaliaram-se trabalhabilidade, índice de penetração, densidade de massa e teor de ar incorporado. As análises indicaram redução na fluidez nas argamassas reforçadas com fibras e menor densidade, considerando-se favorável, visto que, argamassas com esse aspecto resultam em estruturas mais leves. Dessa forma, argamassas incorporadas com fibras de açaí e coco possuem potencial de aplicação, sendo necessários estudos adicionais de outros parâmetros.