Por: Evanizis Dias Frizzera Castilho (IFES/UENF), Mônica Castoldi Borlini Gadioli (CETEM), Vitor Pá Lopes (IFES), Matheus Estevão da Silva (IFES), Nicolas Matheus da Silva (IFES), Carlos Mauricio Fontes Vieira (UENF), AFONSO RANGEL GARCEZ DE AZEVEDO (UENF)
Resumo:
O setor de rochas ornamentais brasileiro vem crescendo e trazendo novas tecnologias para maior aproveitamento dos materiais rochosos destinados para revestimento na construção civil. Entretanto há um grande passivo ambiental deste setor, devido aos resíduos que são gerados em diferentes etapas do processo produtivo, que de forma geral, são destinados a aterros sanitários. A utilização destes resíduos para a fabricação de rocha artificial é uma das alternativas para a produção de um material tecnicamente viável, visando a diminuição destes resíduos e de grande valor econômico. Ao longo dos últimos anos, o Brasil e o mundo vêm aumentando significativamente a produção de rochas artificiais, sendo aplicadas principalmente no acabamento da construção civil, devido à qualidade do produto final e também da sua versatilidade de aplicação. Este trabalho tem como objetivo produzir e caracterizar tecnologicamente uma rocha artificial com resíduo de rocha magmática conhecida comercialmente de Branco Fortaleza. Foram utilizados resíduos de rochas do processo do desdobramento do bloco em chapas no equipamento tear multifios diamantado. Os resíduos foram utilizados em três faixas granulométricas (grossa, média e fina) de acordo ABNT NBR 16.483/2020, onde determinou-se a composição granulométrica de maior empacotamento das partículas. Com relação à matriz epóxi, foram produzidas placas com 12% de resina. Para a produção das placas de rochas artificiais, foi realizada a mistura dos resíduos com a resina, e em seguida, utilizou-se a prensa hidráulica por vibro compressão à vácuo a uma temperatura de 90°C. Os resultados das propriedades tecnológicas das rochas artificiais apresentaram bons resultados e bem superiores aos estabelecidos pelas normas técnicas brasileiras ABNT NBR 15844/2015, podendo ser aplicados de forma segura na construção civil.