Resumo:
A escassez de água e o impacto ambiental causado pelas barragens de rejeito tem despertado o interesse da mineração por processos de beneficiamento mineral a seco. No âmbito do beneficiamento de fosfato, em especial no Brasil, a adoção de tecnologias de concentração a seco se faz ainda mais necessária, pois muitas reservas encontram-se localizadas em regiões semiáridas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a susceptibilidade à separação triboeletrostática de sete minérios, originários de seis diferentes países. Para tal, os minérios foram caracterizados química e mineralogicamente, e testados no separador triboeletrostático em escala de bancada. Com base nos resultados obtidos, foi possível concluir que rochas de origem ígnea tiveram uma melhor performance de concentração de P2O5 em comparação com os minérios de rocha sedimentar. Ficou evidente que a presença de carbonatos pode interferir negativamente na separação, devendo ser priorizado o processamento de mineralogias mais simples. De forma geral, a separação triboeletrostática demonstrou ser uma solução para beneficiamento de fosfato, substituindo as tecnologias convencionais ou como complemento aos processos existentes.