Por: jeferson iorio tessari (arcelormittal), Matheus Rodrigues Furlani (Arcelormittal Tubarão), Henrique Severiano de Jesus (ArcelorMittal Tubarão), Estefano Aparecido Vieira (IFES)
Resumo:
O processo de lingotamento contínuo constitui-se atualmente como o mais importante para a solidificação de aços em todo o mundo. Nas máquinas de lingotamento contínuo (MLC) de placas, os rolos motrizes normalmente são feitos de aços forjados, sendo muito comum o uso da liga EN 42CrMo4 para fabricação. No entanto, apesar de possuir boa maleabilidade e resistência para suportar as condições operacionais envolvendo vibrações e esforços mecânicos, este material não é adequado para suportar as condições severas de desgaste sob elevadas temperaturas. Essas situações são observadas de forma corriqueira, pois os rolos entram em contato direto com a placa solidificada, cuja temperatura pode ser superior a 1000 ºC. Assim, para minimizar o desgaste provocado pelo atrito, é comum fazer o revestimento destes rolos com aços mais resistentes ao desgaste através de processos de soldagem. Para esta aplicação é muito comum o uso de aços do tipo ferríticos martensíticos. O presente trabalho teve por objetivo estudar a microestrutura formada e os perfis de dureza de dois rolos submetidos ao processo de revestimento por soldagem (Submerged Arc Welding). Para o presente estudo, foram avaliados dois aços ferríticos martensíticos inoxidáveis. A primeira liga convencional DIN 8555 classe UP 5-GF-45-C, contendo Ni mais elevado e baixo Cr já a segunda o aço DIN EN 14700 classe T Fe 8 contendo Mo mais elevado e baixo Ni. Corpos de prova foram preparados e mediu-se o perfil de dureza bem como as características microestruturais. Os resultados mostram que o perfil de dureza decai à medida que nos aproximamos do material base, no entanto com gradientes distintos, onde a norma DIN EN 14700 apresenta uma diferença média superior de 175 Vickers HV0.5 e estruturas martensíticas com similaridade entre os materiais.