Por: LUIS OTAVIO ZAPAROLI FALSETTI (UFSCar), Dickson A. Souza (RHI Magnesita), Otávio H. Borges (UFSCar), Francisco López (RHI Magnesita), Victor C. Pandolfelli (UFSCar)
Resumo:
A definição do volume ideal de escória duplamente saturada (CaO e MgO) é de grande importância na metalurgia secundária e, principalmente, no forno panela. Estas escórias requerem alta capacidade de sulfeto, aliada à habilidade de proteger o revestimento do centelhamento do arco elétrico e evitar a formação de cascão nas bordas e no fundo da panela de aço, além de possuírem viscosidade adequada para permitir as adições ao banho e o vazamento para o distribuidor. Nesse sentido, o uso de fluidificantes visa, além dentre outras modificações, elevar a solubilidade de CaO/MgO na escória, sendo a fluorita (CaF2) e a areia de sílica (SiO2) largamente utilizadas na produção de aços acalmados ao Si. Para os aços acalmados ao alumínio, as adições recomendadas são de bauxita (majoritariamente hidróxido de alumínio) ou aluminatos de cálcio. Além disso, algumas plantas optam pelo uso de fluidificantes alternativos com alto teor de Na2O e K2O, como a sodalita e a nefelina. Com base em cálculos termodinâmicos (método CALPHAD), este trabalho abordou os efeitos de tais álcalis na solubilidade de CaO/MgO da escória e sua basicidade óptica, considerando composições no sistema CaO-SiO2-MgO-Al2O3. Adicionalmente, discutiu-se o desempenho de refratários magnesianos quando em contato com tais escórias.