Por: João Pedro gonçalves santiago lima (LABORATÓRIO DE PESQUISA Em CORROSÃO (LPC)), WALNEY SILVA ARAUJO (LABORATÓRIO DE PESQUISA Em CORROSÃO (LPC)), Otilio Braulio Freire Diógenes (LABORATÓRIO DE PESQUISA Em CORROSÃO (LPC)), Bruno Gomes Linhares (LABORATÓRIO DE PESQUISA E CORROSÃO (LPC))
Resumo:
Em condições atmosféricas, estruturas de aço carbono estão sujeitas ao processo eletroquímico de corrosão, sendo o revestimento epóxi de alcatrão de hulha, um mecanismo eficiente para inibir ou retardar esse processo. Porém, devido aos danos à saúde humana causados pelo alcatrão de hulha, o seu uso foi proibido em países como Estados Unidos e Japão. Como alternativa, é proposto a utilização de um revestimento à base de lignina kraft, um subproduto da indústria de papel e celulose. Para melhor aproveitamento, a lignina sofreu um processo de acetilação, promovendo uma adequada compatibilização com o sistema epoxídico éter diglicidílico de bisfenol A (DGEBA), formando um conjunto resina epóxi-lignina sendo a lignina acetilada adicionada a resina DGEBA. No trabalho, o revestimento epóxi foi adicionado de lignina, nas concentrações de 7,5% e 15%, e exposto a condições atmosféricas de ambiente urbano e marinho-industrial, com o intuito de se obterem informações sobre o comportamento dos revestimentos nessas condições. A fim de quantificar e melhor avaliar o comportamento contra a corrosão desses revestimentos, a técnica de espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) foi utilizada. Os resultados mostraram que os revestimentos adicionados de lignina acetilada apresentaram melhor desempenho em comparação ao revestimento DGEBA sem lignina acetilada. Adicionalmente, comparando-se os dois ambientes, os revestimentos apresentaram melhores resultados na exposição à atmosfera urbana.