Por: CESAR EDIL DA COSTA (Udesc-Joinville), Marceli Talita Pereira (UDESC-Joinville), Athos Henrique Plaine (udesc-joinville), Douglas Novak (udesc-joinville), Julio Cesar Giubilei Milan (udesc-joinville)
Resumo:
Os aços para trabalho a quente (Hot Working) correspondem a classe H da norma AISI, sendo H1 – H19 aços aço cromo, H20 – H39 aços ao tungstênio e H40 – H59 aços ao molibdênio e DIN 1.2367. Para cavidades e insertos de moldes para fundição sob pressão de alumínio a NADCA (North American Die Casting Association), divide em 8 classes: de A à H (NADCA 207, 2016). Estes materiais são utilizados em moldes e matrizes de forjamento, extrusão e fundição sob pressão, principalmente injeção de alumínio sob pressão. Em razão da alta pressão e vários outros fatores inerentes no processo de injeção de alumínio sob pressão, como ciclos térmicos e fluxos de alta velocidade de metal líquido, além das altas temperaturas do alumínio, os moldes ficam expostos a condições que podem causar falhas prematuras por desgaste e fadiga térmica. Estes fenômenos podem resultar em uma série de falhas que levam à frequentes paradas de produção e manutenção do ferramental, elevando os custos de produção. A escolha do aço e do tratamento térmico adequado são algumas das condições para melhorar o tempo de vida útil destas ferramentas. Neste trabalho foi realizado um estudo preliminar do comportamento ao desgaste de um aço para trabalho a quente da classe 1.2367 modificado, Classe C, recomendado para a produção de moldes para injeção sob pressão de alumínio. O tratamento térmico foi realizado em forno a vácuo para uma dureza de 44 – 46 HRC. Foram alteradas as características superficiais com técnicas de texturização química, com diferentes rugosidades resultando em 3 condições de superfície, somente polida e duas texturas com rugosidade (Ra) de 2,0 e 6,0 µm; denominadas 2RA e 6RA respectivamente. Foi utilizado o ensaio de desgaste por deslizamento do tipo pino sobre disco e como contra corpo esferas de alumínio comercialmente puro, buscando reproduzir o par tribológico existente no processo de injeção. Foi avaliado o desgaste através da topografia da região ensaiada, obtida por perfilometria, e o coeficiente de atrito. Os resultados mostram um efeito significativo da textura na redução do desgaste. Já o coeficiente de atrito não sofreu alteração significativa.