Resumo:
O uso de vergalhões como reforço estrutural do concreto armado ressalta a relevância destes materiais em muitos setores industriais, sobretudo nos de construção e infraestrutura. Neste contexto, o processamento por laminação permite a obtenção de um material com menor custo e boa qualidade, conforme as especificações requeridas, principalmente quando se executa, em laminação a quente, a etapa de tratamento térmico Thermex, na qual se obtém a melhoria das propriedades mecânicas em decorrência das transformações microestruturais ocorridas. Estas transformações também exercem influência sobre a resistência à corrosão do material, pois as variações microestruturais derivadas dos parâmetros do tratamento térmico podem apresentar desempenhos distintos em termos de corrosão. Neste trabalho, o vergalhão CA-50 de aço carbono 1025 foi avaliado no que se refere à resistência à corrosão, cujo interesse deu-se no efeito do Thermex sobre tal propriedade. Foram realizadas análises eletroquímicas como Potencial de Circuito Aberto, Curvas de Polarização Linear e Espectroscopia de Impedância Eletroquímica, que juntamente aos meios de 250, 500 e 1000 ppm NaCl, auxiliaram a definir os principais parâmetros de corrosão. Além disso, medidas de Microdureza Vickers verificaram indiretamente as transformações microestruturais ocorridas ao longo do tratamento. A caracterização por Microscopia Eletrônica por Varredura, por sua vez, além de identificar as fases formadas após o tratamento, também caracterizou a morfologia após os ensaios de corrosão, revelando a presença de corrosão generalizada e localizada. As técnicas utilizadas nas rotas com e sem Thermex permitiram ressaltar como a microestrutura formada ao longo do Thermex influencia as diferenças obtidas nas caracterizações, impactando na resistência à corrosão do vergalhão.